Não estão satisfeitos com os horários alargados. Não estão satisfeitos com o stress e a monotonia da profissão. As probabilidades de ganharem mais autonomia e auferirem de melhores condições remuneratórios são pouco encorajadoras.

Mas o problema parece tornar-se mais agudo quando realizamos que as Farmácias Comunitárias precisam modernizar-se e preparar-se para novos desafios, particularmente o do aumento da competição para seduzir clientes que são cada vez mais exigentes. Para além disso, é fundamental que as Farmácias optimizem a sua rentabilidade, tarefa impossível sem uma equipa coesa e dinâmica.

Estes e outros desafios só podem ser endereçados com um Plano de Gestão de Equipa. A Farmácia precisa definir bem os seus objectivos, fazer um orçamento para 2 a 3 anos e construir uma equipa que dê corpo à estratégia subjacente. Trabalhar dia após dia no mesmo registo, à espera de um milagre ou da simples ajuda de quem quer que seja, será fatal.

Há exemplos de Farmácias que investiram na organização das suas equipas com resultados assinaláveis. Na Wings, orgulhamo-nos dos resultados conseguidos em projectos na área dos Recursos Humanos, nos quais interviemos para recrutar e despedir, para formar e ajustar, para motivar e alinhar. Sempre com o objectivo de melhorar a organização, levantar o moral dos colaboradores que queriam efectivamente trabalhar e libertar os Líderes de problemas que se arrastavam, por vezes há vários anos.

Aviar receitas é muito importante. Vale cerca de 70% a 80% das vendas das Farmácias. Mas as oportunidades para melhorar a rentabilidade e reforçar o protagonismo dos Farmacêuticos estão sobretudo noutras áreas. É preciso começar por algum lado. A organização da equipa e a sua formação é um bom ponto de partida.