No Pain. No Gain.

Os tempos não estão fáceis para ninguém. E para os proprietários, gestores e equipas das Farmácias Comunitárias também não.

Os clientes habituais regressam a medo às Farmácias. Os clientes de passagem estão em casa a trabalhar. Os turistas serão poucos em 2020. Sem o tráfego habitual, as Farmácias diminuem o número de atendimentos e consequentemente o valor das vendas. Há quebras de até 90% nas vendas em algumas farmácias nos meses de Abril e Maio. O que fazer então ?

Primeiro é preciso manter a calma. Devemos ter presente que 70 a 80% das vendas da maioria das Farmácias resulta do aviamento do receituário médico. Estas vendas estão em grande medida associadas à dispensa de medicamentos para situações crónicas. Para além disso, há uma série de outros factores que permitirão à maioria das Farmácias manter a sua actividade (ex: exclusividade na venda de MSRM, reputação das Farmácias nas comunidades que servem).

O que esta crise está a revelar é a diferença entre Farmácias que têm uma estratégia e outras que, ou fazem uma gestão mais convencional, ou estão influenciadas e dependentes de terceiros. As novidades e as modas não são sempre um bom remédio para uma Farmácia. Sejam modelos de negócio, novos produtos, novas técnicas e novas pessoas. Na Wings acreditamos (e sabemos) que a fórmula para o sucesso de uma Farmácia passa por aliar a inovação à tradição. O recente com o experiente. O clássico com o moderno.

Todos os dias as Farmácias dispensam produtos de qualidade inquestionável, a preços muito acessíveis, aos milhões de utentes que deles necessitam. São produtos eficazes, com perfil de segurança testado e comprovado por décadas de experiência clínica e cujo manuseamento é familiar para Farmacêuticos e Médicos. Do ponto de vista do marketing da Farmácia, estes produtos são muito importantes para a sua afirmação junto do público e para reforço da sua reputação nas comunidades que servem. Nos últimos vinte anos criaram-se ideias e venderam-se conceitos que, para além de não serem verdadeiros, projectam uma imagem distorcida da Farmácia junto do seu público.

A Farmácia é um posto de saúde. Tem profissionais de saúde e medicamentos. Está acessível e disponível e ganha em mostrar as suas valências, sejam medicamentos ou serviços. Não ter estes produtos visíveis e esconde-los do olhar curioso e natural dos utentes é reduzir a Farmácia a cremes e pensos rápidos.

O Farmacêutico Comunitário é um profissional competente, responsável e ético. Conhece as pessoas que serve, as suas necessidades e dificuldades e as suas expectativas. Cabe a cada Farmacêutico identificar quais as prioridades dos seus clientes, seleccionar os produtos mais adequados para cada situação e aplicar o seu conhecimento técnico para resolver com rapidez, eficiência e em segurança, os problemas de saúde e bem-estar que se lhe apresentam. Para o fazer, tem à disposição um sortido de produtos, com marcas reconhecidas, que cumprem e resolvem os problemas dos doentes. Sem complexos e sem se deixar por influenciar pelas modas dos profetas do “pseudo-marketing”.  

Este “pseudo-marketing" é a doutrina do vale tudo para aumentar as vendas e do saber copiado dos livros de gestão. Não tem imaginação. Não respeita os verdadeiros códigos do marketing farmacêutico. Exagera nas promoções e descontos que se tornam vulgares e que degradam a margem de produtores e retalhistas. Sugere que as Farmácias se convertam em meras lojas de conveniência, com os mesmos horários, o mesmo mobiliário e o mesmo tipo de atendimento. É a doutrina do que está na moda e do que a Farmácia do outro lado da rua faz. Agora, muitas destas “Farmácias das modas” passam por dificuldades extremas. Os clientes escasseiam. As equipas soçobram. Seguem-se os despedimentos e o caos. Algumas não sobreviverão à crise do COVID-19.

Quem continuar a optar por estes modelos do “pseudo-marketing”, vai ver as suas margens minguar e a prazo perderá clientes. E pior ainda, estará a contribuir para a despromoção do Farmacêutico enquanto profissional de saúde porque lhe retira autonomia, responsabilidade e protagonismo.

Tristezas não pagam dívidas. É recomendável estudar a situação em cada Farmácia, identificar os desafios e as oportunidades e desenhar uma estratégia que assegure o volume de vendas e rentabilidade para garantir a subsistência a curto prazo e a prosperidade nos anos vindouros. E confiar nas marcas que fizeram das Farmácias em Portugal aquilo que são hoje.

Aposte na inovação, mas nunca esqueça a tradição.

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